terça-feira, 15 de julho de 2008

Relíquias

Relíquias


Abri o armário do passado
entre guardados de recordações
encontrei a inutilidade de uns
e tesouros de saudades.
Recordei ora o sorriso a felicidade
ora as decepções as tristezas
aos pouco jogados ao chão
rasgados amassados.
Fui limpando a alma.
Sobre a mesa
as relíquias esquecidas.
Abri o armário do passado.
Fiz faxina.
O presente tornou-se promissor, leve...
Sigo a vida.

Porto Alegre/Rio Grande do Sul

Maria Clara Segobia
23/01/07

Recordações vivas do passado

Recordações vivas do passado


Ouvindo músicas do passado
despertei na memória
recordações.
Momentos de juras eternas
dadas ao primeiro amor.
Recordei e chorei
na saudade desperta.
Retornei num passe de mágica
á minha juventude
cheia de sonhos e fantasias.
O amor fundamental
para se sentir viva
as loucuras inconseqüentes
vividas entre o certo e o errado
dos encontros fugidios.
Recordo aquele amor.
Hoje retornou
para matar saudades.


Maria Clara Segobia
10/03/08

Poesia...

Poesia...


Desabafo dos sonhos meus
não realizados.
Da alegria fingida
no dia a dia.
No rosto amargurado
espelho de minha alma.
A poesia não tem nome
nem remetente.
Sentimento que aflora
real.
Esconderijo
das minhas fraquezas
feitas em versos.

Maria Clara Segobia – 21/04/08

Os inconformados

Os inconformados

Passamos o tempo todo
culpando que agradecendo.
Esperando que fazendo.
Invejando que apoiando.
Passamos a vida sem vivê-la
querendo sempre mais...
olhamos aqueles que nada possuem
nos apiedamos
culpamos que nada é feito.
Quando fazemos,
queremos os louros
não o trabalho.
Queremos o destaque
não o sacrifício.
Culpamos a falta de conforto, tendo.
Culpamos a falta de oportunidade, sem buscar.
Culpamos a todos na nossa insatisfação.
Percebemos ás vezes nossos enganos
quando acometidos de um mal sem cura.
Lembramos de “DEUS”.
Pedimos socorro á “DEUS”.
Imploramos tempo
para aproveitar
a vida que não vivemos.

Maria Clara Segobia – 25/03/8

Oração de uma mãe

Oração de uma mãe


Sabe, meu deus! Eu quero um filho.
O melhor do mundo.
Um filho que não me de preocupações, dissabores, tristezas.
Eu quero um filho que não conheça a maldade e nem a torne.
Eu quero um filho, que todos apreciem.
Um filho que me de orgulho de ser meu filho.
Eu quero um filho que fale no momento certo e cale quando necessário.
Eu quero um filho sem problemas, inteligente,
cumpridor de suas obrigações.
Eu quero um filho como eu sonhei,
como pensei que seria.
Sonhei também no seu mundo, sua vida.

Mas a verdade é outra, o mundo é outro,
Meu filho é apenas o meu filho.
Ele disse:
- Mãe, seu filho é um ser que mesmo tendo nascido de ti,
age e pensa por sua livre e espontânea vontade.
Sou livre e tenho direito a reivindicar, a viver a minha vida.
O que te peço, mãe querida, é que nas minhas andanças pelo mundo, pelas minhas tentativas de acerta eu tenha sempre comigo o teu amor o teu apoio.
Somente assim aprenderei.
Somente assim serei o homem, não que sonhastes,
mas um homem que viveu livre nas suas decisões,
aprendeu entre o certo e o errado o seu caminho.


Maria Clara Segobia
23/03/01

O índio

O índio (Paraty- 2006)

Teus olhos amendoados
observam a multidão.
invadindo teu espaço.
Povos de várias nacionalidades.
Paraty na cultura, no saber.
Espaço da literatura.
Tua origem presente
mendigando, se mostrando,
no chão, na rua,
vende sua cultura
ornamentando o espaço.
Analfabetos, sem leitura.

Maria Clara Segobia
12/08/06

O começo

O começo

Ele chega de mansinho,
vai tomando conta...
Começa num olhar...
Num sorriso...
Numa fala livre descontraída.
Na despedida o interesse...
Um outro encontro.
De conversa em conversa,
nos conhecemos.
Sem perceber já percebendo,
fazes parte constante dos meus pensamentos.
Dou-me conta da tua ausência
sinto falta da tua presença.
Sorrio à toa ao lembrar de ti,
entristeço, quando penso em te perder.
Sinal de alerta!
Já não sou mais eu.
Estou confusa...
Fico parada a pensar no nada,
Fico parada a pensar em ti.
Falam, não escuto!
Até parece que estou amando!
Amando!Eu?
Paro, penso...
Pura verdade!Descobri!
Estou amando.
Como foi lindo te conhecer.
Meu grande amor!

Maria Clara Segobia